Ola povo ardil varonil febril, com azia e ressaca!
A proposta deste blog é não ficar enchendo linguiça e nem ficar só falando do umbigo (muito feio por sinal).Então começamos a abrir artigos de vários manos e manas, que em doses homepáticas irão ir trazendo (errei na concordância verbal?) material a respeito de ervas, cidadania, luta contra o preconceito, enfim creio que teremos uns 4 a 5 ajudantes.Será um blog feito a várias mãos.Abrimos então a série com nosso amigo carioca Cláudio Kambami, que esboçou estas mal cunhadas linhas (segundo ele..kkk) para degustarmos um pouco.Abro os comentários para alguma retificação e quem quiser apinchar dicas e links, manda para meu email que iremos postando conforme a minha vontade deixar..kkkk (ué..vou mentir..kkk???)
vamos lá e boa leitura.
Yes , queremos banana!!!!
Por Cláudio Kambami
*Direitos reservados-Favor citar a fonte em caso de cópia.
A proposta deste blog é não ficar enchendo linguiça e nem ficar só falando do umbigo (muito feio por sinal).Então começamos a abrir artigos de vários manos e manas, que em doses homepáticas irão ir trazendo (errei na concordância verbal?) material a respeito de ervas, cidadania, luta contra o preconceito, enfim creio que teremos uns 4 a 5 ajudantes.Será um blog feito a várias mãos.Abrimos então a série com nosso amigo carioca Cláudio Kambami, que esboçou estas mal cunhadas linhas (segundo ele..kkk) para degustarmos um pouco.Abro os comentários para alguma retificação e quem quiser apinchar dicas e links, manda para meu email que iremos postando conforme a minha vontade deixar..kkkk (ué..vou mentir..kkk???)
vamos lá e boa leitura.
Yes , queremos banana!!!!
Olá manos e manas blogueiros!
O assunto que pretendo trazer será sobre os vegetais em
geral. Ervas, folhas, sementes, frutos, cascas, seivas, raízes e etc...,
tentando abranger tudo aquilo que alcançamos em informação para uso moderado ou
simplesmente para um conhecimento didático já que muito do que traremos pode
não estar ao alcance de todos.
Sabemos que a Natureza é detentora de toda vida e quando nos
referimos a essa, o vegetal aparece como criação bem mais espetacular não só
pela sua diversidade como pela sua sustentabilidade em relação a tudo e a
todos.
Não discutiremos aqui a ciência profunda deles e sim uma
leve citação sem muito detalhe científico para dar um entendimento.
Uma mesma planta um mesmo fruto pode ser a cura para algo ou
mesmo o veneno para outro e nesse ponto ficaria muito difícil e enorme o estudo
que pretendemos.
Falaremos das ervas que conhecemos seja através da
ancestralidade, seja através da informação didática, seja através das
experiências individuais.
Tentaremos descrever as variações de nomes e comparações
entre uma mesma família de vegetais onde se diferenciam em seus usos e suas
formas.
Há muitos estudos que nos colocam que as plantas em geral
são como pessoas, podendo não serem eficaz se não estiverem em boas companhias
ou até mesmo terem efeitos contrários pela mesma razão.
Algumas delas já são motivos de experimentos científicos
para direcionamento de ajuda a nossa espécie como especializadas. A esse
trabalho científico que não deixa de ser natural, chamamos de transformação
genética.
Falando um pouco sobre esse assunto, diríamos que deve ser
encarado com naturalidade, pois essa transformação genética visa não só o
aprimoramento e concentração de determinados detalhes do vegetal ou ainda introdução de elementos nele como
uma proteção para ele mesmo ou para a necessidade humana de alimentos e
medicamentos.
Esse processo genético que antes era natural e levava
séculos para ser desenvolvido entre a experimentação, separação e reprodução,
agora é algo com maior velocidade e com técnicas desenvolvidas pela própria
ciência humana.
Para um exemplo ilustrativo sobre o assunto, podemos trazer
a conhecida banana, um dos primeiros alimentos humanos.
Originária do Sudeste Asiático foi transportada e espalhada
pelo mundo e hoje é cultivada em mais de 130 Países.
A Banana em sua “ancestralidade” (Na Ásia ainda há bananas
ancestrais como a imagem acima) mesmo madura era um fruto não tão doce e com
muito caroço, porém pela própria ordem natural, dentre várias bananeiras
algumas projetavam frutos com menos caroço e mais saborosos. O homem em sua
inteligência começou a dar preferência ao cultivo dessa variação e evoluindo
para frutos melhores.
Hoje porém com o conhecimento e a tecnologia desenvolvida
podemos interferir nesse tempo de espera e cultivar com maior velocidade uma
variedade que integre não só o mais saboroso e sim com fatores de durabilidade,
aparência, tamanho, velocidade de produção, e aumento vitamínico além de
estudos mais avançados que entendem que é mais barato comer banana que comprar
um remédio.
Esse trabalho de colocar na banana vacinas é uma manipulação
genética, mas para benéfico humano.
O que se debate sobre tal tema é a interferência que isso
possa causar na própria natureza já que sabemos que no processo do cultivo há
os participantes coadjuvantes como abelhas, besouros, pássaros e uma infinidade
de outras criaturas que receberiam a mesma dose de tal vacina que é direcionada
a humanos.
É algo de fato que devemos estudar com carinho e
responsabilidade, mas não afirmar que seja algo de ruim para o ser humano.
As plantas falam, respiram, comem, se multiplicam, dormem,
vivem em sociedades e se relacionam com diversas outras espécies, inclusive as
animais. Essa é a essência que gosto de nomear de TEMPERO.
Falemos então um pouco mais sobre esse fruto maravilhoso e
tão ancestral quanto nossa consciência.
Como a intenção aqui é apresentar seu uso litúrgico dentro
da religiosidade afrobrasileira nada melhor que começarmos por ela que embrulha
de forma generosa um dos elementos mais sagrados da religião o Akassa/Acaçá,
Ekuru/ Ékọ e também outras
comidas como as oferendas do Olubajé.
Sua folha é usada exatamente para essa finalidade e é algo
percebido pela cultura Banta que dá muito valor ao MUXIMA (coração). A
Bananeira ao pender seu fruto o faz através de um pendúculo frutífero que em
sua ponta carrega um coração.
Em verdade tudo na bananeira é aproveitável seja como alimento,
seja como remédio, seja como utensílios.
De seu caule fazia-se e ainda fazem cordas para amarrar
diversas coisas uma delas era as próprias verduras dos feirantes que foram
substituídas pelo plástico dos anos modernos.
No blog (http://arteemterblog.blogspot.com/2011/03/fibras.html
) podemos ver a diversidade que a artesã demonstra sobre a utilização dessa
fibra.
Na cosmética usa-se o óleo de banana para remover os
esmaltes dentre outras coisas.
Seu coração ou umbigo é um excelente alimento semelhante ao
palmito.
Sua seiva ou sangue é um coagulante eficaz para cortes além
de um remédio popular usado para tuberculose e bronquites assim como a casca do
fruto é usada para feridas , nevralgia e esfolamento.
Estudos ainda apontam que uma das primeiras bebidas
desenvolvidas pelo homem foi através da fermentação da banana que deu origem ao
primeiro vinho, a primeira cachaça e a primeira cerveja.
Na República do Congo e diversos outros Países africanos
usa-se como fonte de renda a fabricação artesanal dessa bebida.
Na nossa liturgia religiosa a banana é oferenda de diversos
Orixás dentre eles, Ògún, Osumarè, Oya, Sango, Osun, Obá, Yewá, Osossi, Nana,
Obaluaye, Ibeji, dentre outros.
Na verdade quase que poderíamos afirmar que todos a aceitam
assim como o famoso Acarajé (bolinhos de feijão) mudando apenas o preparo e a
forma de ofertar afinal se Ori permite seu alimento ser embrulhado pela folha
da bananeira qual Orixá irá recusar a oferta da mesma?
A folha ainda participa de alguns rituais e alguns preparos
de banhos e confecção espaços de resguardo iniciático de Orixás e folha de
entrega como a Mamona (Ewe Lara).
Por Cláudio Kambami
*Direitos reservados-Favor citar a fonte em caso de cópia.
Olá Kambami!
ResponderExcluirValeu o artigo e as informações.
Eu conheço a oferenda da banana ouro para Oxum e a banana da Terra para Ogum. Você vai dar as dicas das oferendas também?
Como preparo de banho com as folhas também não conheço. Só o seu uso para "embrulhar" o acaçá.
O artigo vai ter desdobramento????
Desculpe mano, eu e minha curiosidade em aprender mais.
Beijão e axé!
Olá mana Tania!
ResponderExcluirCom o tempo e como diz mano Laércio não necessariamente nessa ordem.
Aos poucos vamos colocando de tudo um pouco mas não como uma cartilha e sim como a própria proposta do blog, um local de encontro que mesmo sendo cultura é uma diversão de passa tempo para exercitarmos nossos neurônios.
Tenha certeza que com o tempo vamos descascar não só a banana mas tudo que colocarmos no blog.
Beijão e Axé!